Depois do resultado das eleições, algumas pessoas ficaram com medo de como o mercado se comportaria, e outras já acreditam que as coisas vão melhorar.
Porém, independentemente de quem venceu a eleição presidencial, uma coisa é certa, pelo menos no primeiro trimestre de 2023, os juros ainda continuam elevados.
Segundo a OMC, a Organização Mundial do comércio, o comércio global deve crescer apenas 1% em 2023.
Isso significa que haverá uma desaceleração em comparação ao ano de 2022, que era de 3,5%.
É muito importante que os empresários fiquem atentos em relação às notícias do mercado e ao andamento das vendas, e procurem sempre planejar estratégias.
Mercado imobiliário
Uma pesquisa feita pela Brian Inteligência Estratégica e Abrainc mostrou que 62% dos participantes acreditam que em 2023 o mercado imobiliário estará melhor que esse ano.
O que foi indicado como maior vilão de 2022 pelos entrevistados, foi o alto custo dos materiais de construção.
Porém, mesmo com esse vilão, o mercado imobiliário apresentou um crescimento de 42% no último trimestre móvel.
Esses números confirmam que as previsões são positivas para a expansão desse setor, que se manteve estável, principalmente, pela performance do segmento de médio e alto padrão.
Um marco importante que mostra esse momento tão positivo é o aumento de 3,5 pontos em setembro do Índice de Confiança da Construção. Esse aumento foi o maior desde o ano de 2012.
Ainda, se olharmos os mandatos anteriores do presidente eleito, as construtoras de baixa renda tendem a ser beneficiadas no ano de 2023.
Já que ele, desde a campanha eleitoral, sinalizou que deseja seguir com o programa habitacional Casa Verde e Amarela.
Já os segmentos de alto padrão, que protagonizaram os últimos anos, podem sofrer uma retração.
Os lojistas
Apesar da polarização entre os dois candidatos, o atual e o futuro presidente, três economistas contactados pelo Diário do Comércio não preveem catástrofes para o país em 2023.
Eles acreditam que o país não terá enormes taxas de crescimento, mas também não passará perto de uma recessão.
Provavelmente, a taxa de juros se manterá em torno de 13,7% ao ano, e deve se manter alta pelo menos no primeiro semestre do ano de 2023.
Por consequência, com o crédito caro, os empresários e as famílias não são encorajados a comprar ou investir. Isso provoca um esfriamento da economia.
E devido às taxas de juros alta, os setores de bens duráveis, como móveis e eletrodomésticos, serão os mais atingidos, já que eles dependem mais de financiamento.
Devido a esse menor número de dependentes de crédito, os setores como farmácias e supermercados devem ser favorecidos no ano de 2023.
Um dos especialistas entrevistados, aconselha os lojistas a ter um equilíbrio na hora da compra de produtos.
Pois, se comprar muito, pode ser que tenha que arcar com os custos do estoque parado e, se comprar pouco, pode perder oportunidades de venda.
As famílias brasileiras provavelmente vão ter uma renda mais disponível para os bens não duráveis, como alimentos, e semiduráveis, como calçados e roupas.
O segredo para esse ano, é o lojista ficar de olho nas mudanças do mercado e saber fazer uma boa leitura dos cenários.
Compras pela internet ou em lojas físicas?
Uma pesquisa feita pela Opinion Box e a empresa de tecnologia e marketing Dito sobre as tendências para 2023, mostram que 73% dos entrevistados compraram em lojas físicas e virtuais nos últimos 12 meses.
E a maioria afirmou que as compras presenciais não são as preferidas dos consumidores.
Cerca de 39% dos entrevistados concordam que os canais onlines e físicos são complementares, e não concorrentes.
O que ajuda muito na decisão de onde comprar é a pesquisa de preço.
Em 87% dos casos, os consumidores pesquisam os preços nas lojas físicas e acabam comprando online.
E 80% afirmam que pesquisaram os preços pela internet antes de comprar nas lojas físicas.
Uma estratégia muito utilizada esse ano e que deve continuar em alta no ano de 2023, é a compra realizada online para a retirada na loja.
Essa estratégia é uma das preferidas dos consumidores, afinal podem escolher os produtos e realizar o pagamento em casa, e só sair para buscar o produto.
Além de ser mais rápido a escolha, o consumidor ainda não precisa esperar muitos dias para retirar a sua compra.
Outra tendência que deve prevalecer são os marketplaces. Essa mesma pesquisa da Opinion Box e Dito, mostrou que 90% dos entrevistados disseram ter hábito de realizarem compras nesse tipo de plataforma, sendo que 68% ainda indicaram que gostam de fazer compras nessas plataformas devido a grande variedade de vendedores em uma única loja.
Vendas pelas redes sociais
A pesquisa da Opinion Box e Dito ainda mostrou que as compras pelas redes sociais são atrativas, onde 58% preferem comprar pelo WhatsApp, 47% pelo Instagram e 36% pelo Facebook.
Cerca de 80% dos entrevistados tiveram compras positivas por meio dessas redes sociais.
Outro dado interessante, e que pode ser colocado em prática pelas empresas, é que 40% afirmaram ter comprado após assistirem transmissões ao vivo.
E o Instagram, com 59% dos votos, foi a rede social mais apontada, e o YouTube ficou em segundo lugar com 46%.
Marketing Digital
A maioria das pessoas, depois da pandemia, acostumou-se a utilizar tecnologias para tudo que precisam.
E com certeza, quase tudo na nossa vida pode ser resolvido ou acelerado por meio de dispositivos online.
Por isso, o marketing digital continuará sendo uma tendência em 2023.
Muitos empreendedores hoje procuram esses profissionais para transformarem os seus conhecimentos práticos em oportunidades de vendas.
Outro motivo para o crescimento do marketing digital com certeza são as vendas online.
As empresas que ainda não entraram no comércio digital, devem fazer isso o mais rápido possível.
E com profissionais que entendem de marketing digital, essa tarefa é muito mais fácil e assertiva.
Independente de como o mercado ficará em 2023, o importante é que os empresários busquem sempre se atualizar, para não ficar de fora das tendências do mundo tecnológico.
REFERÊNCIAS:
